Capítulo 32
Ela estava ali tomando o seu banho atrás do blindex de vidro, e eu pensando “Oi tia deixa eu tomar um banho ai com você?” Eu ainda estava de fogo e agora vendo aquela deusa nua… eu olhava pros lados procurando alguma cobertura, se tivesse eu iria me tocar ali mesmo, mas não tinha.
— E você Julinha? Tá namorando?
Eu tava distraída, olhando em volta e tentando me controlar, e quase não entendi o que ela disse.
— Não, quer dizer, eu tô saindo com um carinha.
— Iii… cuidado que homem é safado, hein…
“Cuidado que homem é safado? Essa mulher não sabe que eu sou a safada das minhas relações” — pensei.
— Eu tô ligada, sei bem disso. Mas com mulher é melhor, mais tranquilo, né?
Joguei um verde. Claro que joguei. Queria ver qual era a dela. Não sou idiota — ninguém fica pelada na frente de alguém que mal conhece assim do nada, sem nenhum motivo. E foi batata. Ela abriu o blindex do box e me olhou com aquela cara de surpresa, tipo “te peguei”.
— Sua safadinha… você é do tipo que se diverte como pode?
— Eu pego meninas às vezes…
— E já transou com mulher também?
A curiosidade tava estampada na cara dela. Tava gostando da conversa.
— Sim. Homem e mulher.
Eu podia ter falado “e com os dois juntos, inclusive” — mas achei melhor guardar essa parte pra depois. Foi só uma chupada, nada demais…
— Eu nunca ia imaginar que Julinha-carinha-de-santa fizesse essas coisas! — falou boquiaberta.
— Ninguém imagina mesmo, sabe como é… igual mineiro, comendo pelas beiradas, quietinha.
— Hahahah! Boba… verdade!
— Você também gosta de mulher? — soltei, na cartada nervosa.
— Gosto sim. Prefiro homem, mas de vez em quando fico com umas amigas… — ela respondeu, e já fez uma cara de indignada — E para de me chamar de senhora, porra!
— Desculpa! — falei fingindo arrependimento, mas rindo por dentro. — As sapatão vão dominar o mundo!
A conversa depois mudou completamente.
Ela desligou o chuveiro, se secou com calma e enrolou o corpo numa toalha. Parou em frente ao espelho, ligou o secador e ficou ali, nua sob a toalha, passando o jato de ar quente no cabelo enquanto falava comigo sobre biologia e como foi o vestibular dela. Eu tentava focar, mas não conseguia. Ela ali, daquele jeito, e eu tentando parecer normal, sentada no vaso com a tampa abaixada, conversando feito quem não tá tendo pensamentos impuros.
Mas você sabe, né? Eu não presto. Carreguei minha carinha de sonsa, respirei fundo e mandei:
— Diana, posso fazer uma pergunta muito íntima? Meu Deus, tô até com vergonha…
— Pode, meu amor. Não tenha vergonha não… — ela disse, sem parar de se secar.
— Eu vi sua larissa… você não tem pelo nenhum e nem marcas. Como você faz pra ficar assim? Porque se eu tiro tudo, fico toda empolada…
Ah, meu amigo… Deus ajuda quem tem coragem. O que veio depois me fez babar por tudo que começa com B no meu corpo. A mulher nem percebeu a malícia escondida na minha voz. Começou a tagarelar sobre depilação a laser, os benefícios, os preços, a praticidade… tudo que eu já sabia, mas não fazia porque era fodida de grana.
E aí veio o melhor.
Ela apoiou o pé em cima do cesto de roupas, como quem tá explicando com didática, e puxou a toalha pra me mostrar. Isso mesmo. Mostrou. A buceta dela parecia uma vitrine. Esticava as peles com as mãos, abria com cuidado, como quem apresenta um troféu recém-polido. Se ela falou algo ali, eu não ouvi.
Era rosa. Clarinha. Os grandes lábios pareciam esculpidos sob medida, simétricos, lisos. O grelinho? Relaxado, delicado, encolhidinho dentro de uma capinha limpa. Os pequenos lábios pareciam de mentira — perfeitos, curtinhos. Aquela não era uma buceta qualquer. Era a buceta da Diana. E ela era tão bonita quanto a cara dela.
— Diana, não se exibe assim não, porra… eu sou sapatão! Quer me matar?
Falei de nervoso. Meu coração disparou. Eu tava vendo a hora de cair de boca nela ali mesmo.
— Ahn, sua idiota. Deixa de ser boba. Nada a ver! — ela riu, dobrando a toalha. — Você faz na gilete ou cera?
— Gilete. Às vezes minha prima tira na cera pra mim, mas não consigo fazer sozinha nos cantinhos… e minha mãe não tem dinheiro pra ficar me pagando depilação fora.
— Entendi. Se quiser, marca um dia que eu faço pra você. A gente faz uma tarde das meninas aqui em casa.
— Hummm, legal isso hein… Eu quero sim. Vou te perturbar, tá? Prometeu, tem que cumprir!
Na hora, me veio na cabeça aquela foto. Eu tinha uma imagem minha guardada, tirada logo depois de transar, de quatro e toda arreganhada, a Mariana quem tirou. Pensei em mostrar, mas gelei. Se ela visse, ia saber. Mulher repara. E mostrar ao vivo não dava, eu devia estar com a calcinha colada de tanta baba — não era a melhor forma de apresentar a periquita numa primeira vez.
— Em casa eu te mando uma foto de como ela tá, Diana!
— Nada de foto, amor. Não quero ser presa! Quer me foder, é?
“Foder é o que eu mais quero… mas acho que ela quis dizer foder de outro jeito”, pensei, segurando a risada.
— Nada a ver, a gente é amiga.
Eu fiquei meio sem graça, porque eu não sabia se mulher mais velha tinha esse tipo de liberdade com outras mulheres. Com a Mariana era diferente, a gente se conhecia desde criança — já fez até cocô na frente uma da outra. Mas com Diana… eu tinha medo de parecer forçada ou infantil. Então resolvi bancar a coitada:
— Ahn, que bom… eu não tenho com quem conversar essas coisas, sabe? Minha mãe não dá abertura, e eu não tenho amigas…
“Desculpa, Mariana. É por um bem maior.”
— Ahn, coração… pode conversar comigo. Não tem problema. Olha pra mim, o que você quer saber?
Ela se agachou, ficando da minha altura, e eu só conseguia imaginar ela me beijando ali mesmo. Tremi por dentro. A beleza dela era um negócio que me desmontava. E ainda foi piorando — começou a mexer no meu cabelo, colocando atrás da orelha.
— Eu tenho vergonha, mas eu vou falar… tá?
— Pode falar, coração…
— Então… eu tava com um menino, e ele colocou o dedinho atrás… e eu pirei. Achei gostoso. Eu queria fazer mais, mas tenho medo de machucar…
Falei num tom bem sonsa, fingindo que era só uma dúvida inocente. Ela ficou visivelmente sem graça. Por dentro, eu sabia que tinha passado do ponto. Mas ela respirou fundo e começou uma explicação técnica, dessas que parece até aula: falou dos cuidados, dos riscos, do preparo…
Eu ouvi tudo, sem tirar os olhos da sua boca gostosa, mas não era aquilo que eu queria saber. Eu sei usar a porra da internet. Eu queria era ver qual era a dela.
— Então, pode ser muito prazeroso, mas você precisa estar bem preparada pra isso…
— Chuca, você diz?
— Não só isso. Ajudar a dilatação, estar excitada, bem relaxada…
— Você faz muito isso? Gosta?
Ela riu sem graça, de um jeito quase fofo.
— Meu Deus, garota… você não tem censura, não?
— Responde, caceta! Você disse que eu podia perguntar…
Ela olhou pro chão vermelha de vergonha.
— Sim…
Eu enfiei os meus olhos dentro dos dela e falei até autoritária prosseguindo o interrogatório.
— Sim?
— Sim e sim. Faço e gosto! Respondido?
— E como você faz pra dilatar?
— Pode usar os dedos… ou um brinquedo.
— Eita. Eu não tenho como comprar um brinquedo. Se o carteiro aparecer lá em casa, todo mundo vai querer saber o que é que eu comprei…
Ela se levantou devagar, fazendo uma careta de dor enquanto esticava os joelhos.
— Ai, tô velha… Ficar abaixada assim acaba comigo. Vou no quarto trocar de roupa e já te chamo, tá?
Assim que ela saiu, eu fui direto na porta e fechei rápido. Encostei as costas nela, o coração batendo forte no peito. Puxei a saia até os peitos, arranquei a calcinha até os joelhos, tremendo. Eu precisava gozar. Urgente. Se não fosse ali, agora, eu ia explodir.
Encostei a cabeça na madeira fria da porta, respirei fundo e levei a mão entre as pernas. Bastou um toque pra sentir o quanto eu tava molhada. A calcinha já tava encharcada antes, mas agora era escorrendo mesmo, com vontade.
Comecei devagar, só com a ponta dos dedos, desenhando círculos no grelinho. Mas a vontade era tanta que logo apertei mais, esfregando com força, subindo e descendo, com raiva, com tesão, com tudo. Rebolei na própria mão, o som da siririca molhada preenchendo o silêncio do banheiro. Cada esfregada fazia meu corpo se arquear.
Eu pensava nela, pelada, se depilando, falando baixinho “pode conversar comigo, coração”… A imagem dela puxando a toalha, mostrando tudo, vinha na minha cabeça como uma rajada quente. E aí foi impossível segurar. Pressionei os dedos, travei as pernas e deixei vir. Gozar em pé era quase humilhante de tão bom, minhas pernas tremiam inteiras com o prazer correndo pelas coxas quase até os joelhos. Eu me sacudi toda, encostada na porta, sem ar. Fiquei ali arfando por alguns segundos, até conseguir voltar pra mim.
Lavei as mãos, me limpei no chuveiriho, sequei a calcinha e vesti de novo. Abri a porta com o rosto ainda quente e o corpo mole…
E dei de cara com a Diana no corredor.
Ela me olhou. Eu olhei de volta. Silêncio.
— Tá vermelha, Julinha… tudo bem? Você demorou.
— Tudo ótimo. — falei, tentando disfarçar a respiração. — Só tava… me ajeitando.
— Ahn tá… — ela estava desconfiada de algo obviamente — vem aqui no quarto.
Eu segui até o quarto dela. Era a coisa mais aconchegante da face da Terra. Cheio de luzinhas, panos, badulaques pendurados… dava vontade de deitar ali e nunca mais sair.
— Nossa, que quarto lindo, profe!
— Gostou? Eu adoro decorar. Senta aí, fica à vontade.
Me sentei na cama, curiosa com cada detalhe do espaço. Ela foi até um baú no pé da cama, abriu e começou a revirar umas coisas, meio escondendo o inteirior dele de mim. Quando encontrou o que queria, veio na minha direção com um sorrisinho sacana e um saquinho transparente na mão. Dentro: um plugue anal brilhante.
— Que isso? — perguntei, fingindo inocência. Eu sabia muito bem o que era, só nunca tinha usado.
— Um plugue anal. Ajuda a abrir. Esse aqui é novo, nunca usei. Se você quiser — e prometer que nunca vai contar quem te deu — é seu.
Peguei na mão, sentindo o peso e o brilho. Meus olhos arregalaram.
— Não é meio grande?
— Garota, não né! Esse é o pequeno. Tu já cagou bem maior que isso, para de palhaçada!
A gente caiu na risada com a piada. Tirei do plástico e passei o dedo. Era gelado. Imaginei aquilo dentro de mim. Devia incomodar… ou dar um prazer danado.
— E como usa isso?
— Precisa mesmo explicar? Passa lubrificante, vai brincando, coloca e tira, até o corpo acostumar. Depois, entra fácil.
— Humm… — eu tava maravilhada com as possibilidades.
— Tem gente que usa o dia inteiro. Eu não consigo. Mas gosto de colocar um pouco antes. Só não esquece o lubrificante, tá?
— Obrigada. Eu vou usar e te conto. E pode deixar, não conto pra ninguém…
Ela se sentou ao meu lado, começou a pentear o cabelo, perdida nos próprios pensamentos. Fiquei ali, olhando ela… e o plugue. Depois da siririca, eu tava mais calma, mas se ela virasse e me beijasse, eu juro que aceitava na hora.
— Eu atrasei demais sua aula. Vou te dar meus cadernos de resumo. Estuda por eles e depois me devolve, tá?
— Tá bom… eu tinha esquecido completamente de estudar.
— E o que você tava pensando, pervertidinha?
— Se eu te contar, você me expulsa da sua casa.
Ela caiu na gargalhada, vermelha. Me olhou mais uma vez, e eu tive certeza que ia dizer alguma coisa. Mas preferiu guardar pra si. Depois disso, não insisti mais. Tava dando mole demais para ela. Ela era demais pra mim. E eu sabia que nunca ia conseguir pegar alguém como ela.
A gente foi pra sala, teve aula mesmo. Depois, fizemos um lanche rápido na cozinha e me despedi dela, combinando que, se tudo desse certo, a gente se via no sábado pra “fazer a coisa da cera” com calma.