1908 palavras
10 minutos
Um beijo estranho e um orgasmo que entrega

Duas irmãs gêmeas, opostas em tudo, exploram os limites do desejo e da moral em busca de dinheiro — e descobrem mais do que esperavam encontrar.

Capítulo 7#

Saí do banheiro ainda envolta na toalha, a pele quente da água agora encontrando o ar morno do quarto. Meus passos estavam lentos, como se meu corpo soubesse que algo estava prestes a mudar e resistisse ao inevitável.

Em cima da cama, lado a lado, estavam nossas roupas. Eram simples: pijaminhas de algodão, calcinhas claras, tops básicos. Tudo dobrado com cuidado, separadinho. Juliette estava sentada na beirada da cama, olhando as peças como se analisasse um uniforme de guerra.

Seu rosto estava sério, o que era raro. O olhar fixo nos tecidos, como se esperasse que eles dessem alguma resposta.

— Ju — murmurei, ainda parada na porta — o que você acha da gente fazer um tipo mais… inocente?

Ela me olhou, devagar, como se despertasse de um transe.

— Eu não sei. Homem gosta, né?

— Muito.

— Eu acho nojento.

O silêncio entre nós se estendeu por alguns segundos, e eu me aproximei. Ela pegou uma das peças, um pijama com shortinho curto e uma blusa de tecido fino, quase transparente à luz do quarto. Nada demais para dormir, mas num contexto de live… era outra coisa.

— Vamos com esse aqui? — ela perguntou, me olhando com um misto de provocação e desafio. — Tem coragem?

Segurei o pijama nas mãos, sentindo a leveza do tecido escorregar pelos dedos. Se eu usasse aquilo para dormir, seria só conforto. Mas diante de uma câmera, sob olhos de homens famintos, ganhava outro significado.

— E o que vai rolar nessa live, exatamente? — perguntei, tentando manter a voz firme.

Juliette se levantou e começou a ajeitar o cabelo diante do espelho.

— Pensei da gente se revezar. Uma entra primeiro, faz uma horinha, chama atenção. Aí, quando a sala estiver enchendo, a outra entra. E em alguns momentos… a gente aparece juntas.

— Juntas como?

Ela deu um sorrisinho e virou de lado, me encarando pelo reflexo.

— Tipo… mostrando peitinho, dando uns beijinhos. Fazendo graça, sabe?

Senti o estômago revirar.

— Eu vou ter que te beijar?

— Vai. E coisa pior. — Ela falou sem drama, como se estivesse pedindo um favor banal. E, em seguida, completou com uma naturalidade que me desmontou: — Então, quer tentar antes de entrar ao vivo? Ver se consegue fazer isso?

Ela me olhava como quem sabia que eu diria sim, mas torcia para que eu dissesse não. Ou talvez o contrário. Meu corpo ainda estava quente do banho, mas naquele instante, foi como se uma corrente fria subisse pelas minhas costas. Olhei de novo para o pijama, para a cama, para minha irmã — igual a mim, mas ainda assim tão diferente.

— Tá.

Juliette se levantou sem dizer nada, apenas caminhando na minha direção com aquele jeito decidido que ela tinha quando já tinha feito as pazes com a própria escolha — e agora era a minha vez de lidar com ela. Meu corpo congelou. Ainda de toalha, com os cabelos pingando, senti a pele enrijecer sob o toque do ar, como se soubesse o que vinha a seguir.

Ela parou perto demais. Olhos nos meus. E antes que eu pudesse reagir ou perguntar o que estava fazendo, Juliette simplesmente se inclinou e me beijou.

Na boca.

Meus lábios ficaram imóveis por reflexo. Um gosto quente, familiar e incômodo invadiu minha boca. Aquilo não era um estalinho de brincadeira, não era provocação pra chocar algum cara idiota numa festa — era um beijo de verdade.

E meu estômago se revirou.

Um arrepio subiu da base da coluna, não daqueles bons, mas de vergonha, nojo, um incômodo tão físico que minhas mãos chegaram a tremer.

— Ai, que nojo, Juju… — murmurei, tentando recuar, mas ela segurou meu rosto com uma das mãos, firme, sem me machucar.

— Cala a boca — sussurrou rindo, com a voz doce, debochada, como se soubesse o que aquilo estava provocando — se acostuma, pensa no dinheiro.

Eu ri. De nervoso. De puro desespero.

— Tá, vou pensar no dinheiro, tá bom, vamos de novo.

Ela me beijou de novo. Mais rápido, mais atrevido.

E o pior… o pior é que meu corpo começou a responder.

Uma onda de calor atravessou meu peito, descendo até a barriga, ali, bem ali. Tentei me convencer de que era só nervoso, de que era só a adrenalina da situação, mas não era só isso. Era meu corpo reagindo ao toque de alguém que me conhecia tão bem, que sabia exatamente onde me desestabilizar.

Me afastei um pouco, rindo mais alto, tentando disfarçar o que estava sentindo.

— Para com isso, Juliette. — empurrei ela rindo de nervoso — Você é minha irmã e eu estou sentindo coisinhas com você!

— Errado é a gente não testar agora e depois passar vergonha ao vivo. — Ela disse isso encostando a testa na minha, o rosto colado no meu, a respiração quente misturando com a minha.

Juliette não esperou mais nada. Apenas se aproximou outra vez, os olhos presos nos meus, e me beijou. Dessa vez, sem aviso, sem hesitação.

E não foi como antes. Foi mais intenso.

A boca dela colou na minha com força, um calor urgente, desajeitado e molhado que fez meu corpo estremecer inteiro. Meus lábios cederam, mesmo que minha mente gritasse que aquilo era errado — meu corpo não quis saber. As mãos dela subiram pelas minhas costas nuas, deslizando por minha pele. Eu levei um susto quando senti o pano se soltando do meu corpo, mas só percebi que a toalha tinha caído quando o ar gelado bateu entre minhas pernas, fazendo tudo encolher e arrepiar.

Meus braços instintivamente tentaram cobrir os seios, mas Juliette os afastou devagar, segurando meus punhos como se dissesse: deixa.

— Juju… — murmurei, tentando lembrar quem eu era, mas minha voz saiu falha, fraca, como se eu mesma não acreditasse mais na resistência.

Ela me calou com outro beijo.

Esse mais fundo.

Mais molhado.

A língua dela invadiu minha boca como se tivesse permissão. Como se soubesse que já tinha ganhado. Minhas pernas ficaram bambas. Meu corpo inteiro acendeu. E por um segundo — um segundo longo demais — eu esqueci que era minha irmã. Era só uma boca quente contra a minha, uma mão firme na minha cintura nua, outra subindo devagar pelas minhas costas, me puxando pra mais perto.

Faltava ar, mas eu não conseguia parar.

Juliette soltou um gemido abafado entre os lábios, e aquilo me atravessou feito uma faísca direto entre as pernas.

Me afastei com um sobressalto, o rosto em brasa, a respiração engasgada. Meu corpo estava completamente exposto, os seios duros, os mamilos latejando de um jeito indecente.

— A gente… a gente quase perdeu o controle… — sussurrei, sem encarar ela direito.

Juliette passou a língua pelos próprios lábios, ainda ofegante, e sorriu de canto. Tinha aquele olhar debochado, misturado com uma pontinha de malícia que só ela sabia fazer.

— É. Tu num tá molhada não, né? — disse, meio rindo, meio desconfiada.

— Claro que não — respondi rápido demais, numa mentira que nem tentei disfarçar direito.

Ela arqueou uma sobrancelha, já sabendo da verdade.

— Deixa eu ver essa buceta, garota. Se tiver, eu vou ter que enfiar a porrada!

E veio pra cima de mim aos gritos, como se estivéssemos de volta à infância, rolando no chão por causa de uma boneca quebrada ou de um biscoito roubado. Nossas risadas explodiram, o corpo dela colidindo com o meu enquanto eu tentava, em vão, cobrir minha nudez com as mãos.

— Juju, tu ficou excitada? — perguntei, tentando recuperar o fôlego.

Ela parou, deitada sobre mim, o rosto colado ao meu, os cabelos caindo em ondas sobre nossos rostos.

— Claro, sua idiota — disse com uma sinceridade desconcertante. — É o corpo respondendo ao impulso. Nada demais.

— Eu também fiquei.

Foi só depois de dizer isso que me dei conta do quanto eu estava exposta. Completamente nua diante dela, a toalha esquecida no chão. Olhei para baixo, para minha própria pele arrepiada, brilhando com uma leve umidade. Eu me sentia esquisita. Envergonhada. Mas, no fundo, tinha gostado.

Não só do toque. Mas da sensação de ser desejada. Mesmo que fosse errado.

— Eu acho que a gente pode até fazer isso mais vezes — falei, rindo, tentando transformar em piada o que já era quase verdade.

— Sua piranha sonsa! — Ela me empurrou de leve, brincando. — Fica bancando a virgem mas ama um incesto!

— Não fala assim… — revirei os olhos, bufando. — Tô tentando deixar o clima mais leve, porra.

Juliette riu e se jogou de barriga pra cima ao meu lado, ainda ofegante.

— Tá, tá. Quer saber mais o que tem que fazer? — perguntou, virando o rosto pra mim com um sorriso preguiçoso. — A gente vai ter que beijar peitinho… tocar siririca… essas coisas. Você consegue?

Fiquei em silêncio por um instante, pensando.

— Ah, não quero enfiar coisa em mim em público não… isso não.

Ela se virou de lado, apoiando a cabeça na mão, o cotovelo afundando no colchão.

— Como assim, garota? Qual o problema? Já vai estar enfiando a mão!

— É diferente… — murmurei. — É que tem uma coisa em enfiar um brinquedo… sei lá, parece mais… explícito. Mais sujo.

Ela riu alto, e o som reverberou pelo quarto como um trovão íntimo e debochado.

— Sujo é a gente fazendo tudo isso juntas, Ju. A partir daqui, não tem mais como fingir que é limpo.

— Eu entendi… — respondi, quase num sussurro. — Não precisa ficar repetindo.

Houve uma pausa. Um momento em que o ar pareceu pesar entre nós, carregado de tudo que já tínhamos feito — e de tudo que ainda podia acontecer.

— Vem cá… — falei, baixinho, os olhos buscando os dela. — Você primeiro?

— Primeiro o quê? — ela respondeu, mesmo já sabendo.

— Chupar peito.

O olhar de Juliette escureceu. Ela se aproximou com lentidão, como se saboreasse cada passo, cada segundo antes do toque. Meus seios nus estavam expostos, arrepiados, prontos, mesmo que eu não quisesse admitir isso nem pra mim mesma.

Ela se inclinou e deixou a boca roçar meu mamilo com uma provocação quase cruel — quente, úmida, lenta.

Meu corpo arquejou com o primeiro contato.

Ela abriu a boca e sugou com firmeza, a língua girando ao redor do bico duro, sugando com vontade, com fome. A sensação atravessou meu peito como um choque, e eu gemi sem querer, a respiração descompassada, os dedos cravando no lençol como se aquilo fosse me manter presa à realidade.

Mas o pior — o melhor — foi o que veio depois.

Sem perceber, minha mão começou a se mover. Primeiro num toque leve sobre a barriga, deslizando para baixo, como se apenas buscasse um alívio qualquer. Mas quando Juliette apertou meu outro seio e mordeu levemente o mamilo encharcado, meus dedos afundaram entre minhas pernas.

A pele quente, molhada, pulsando.

Eu estava encharcada.

Meus dedos escorregaram por entre os lábios da minha buceta com um instinto quase desesperado. Comecei a me tocar ali mesmo, do lado dela, como se meu corpo não soubesse mais fingir.

Juliette viu.

Ela ergueu os olhos, ainda com a boca presa ao meu seio, e quando percebeu o que eu fazia, soltou um gemido baixo.

Não disse nada.

Não precisou.

Continuou chupando, mais forte agora, mais intensa. E eu, sem vergonha alguma, deixei meus dedos afundarem mais, circulando o clitóris com vontade, sentindo meu corpo inteiro reagir.

Era indecente.

Era errado.

E era delicioso.

O quarto se encheu de gemidos abafados, de respirações ofegantes, do som molhado da minha masturbação escondida sob o toque da boca dela.

E por alguns minutos, não existia mundo fora daquele quarto.

Só nós duas.

Minhas pernas tremiam. Minha pele ardia. Meus dedos escorregavam sem parar.

E quando eu estava prestes a gozar, com o peito molhado pela saliva quente da minha irmã e a alma encharcada de vergonha e prazer, fechei os olhos…

E deixei acontecer.

Sem culpa.

Sem palavras.

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